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Um site? Um blog? Talvez seja essa a pergunta que você se fez ao chegar aqui. Por que começar um blog católico sendo que poderia postar no Instagram?
Isso é algo que é latente em mim há muitos anos e com o advento do Instagram, confesso que acabei deixando de lado.
Mas a certeza dessa retomada veio com o tempo em que fiquei ausente das redes e meditei sobre todo esse movimento que tem acontecido com muitas donas de casa viciadas nas redes sociais, consumindo desesperadamente stories e mais stories, reels e mais reels, sempre em busca de se entreterem. O fato é que muitas de nós acabamos nos sentindo pesadas. Os gatilhos de consumismo, de comparação, de inveja, de frustação de não ter um esposo, filhos e família perfeita e tantos outros disfarçados de inspiração foram acionados em nós. A vida do outro sempre parecendo mais leve, colorida. De repente todos conseguem tudo e eu não.
Embora você tenha um manual em sua mente de como ser uma boa esposa, uma boa mãe e tudo mais, fica difícil por tudo isso em prática porque foi tomada de ansiedade e isso te faz entrar naquele círculo vicioso de perder horas e horas buscando algo que ninguém pode fazer por você.
E olha que ironia, muito se perdeu nas pesquisas, nas leituras mesmo hoje tendo inúmeros cursos comprados e uma biblioteca em casa, porque ficamos extremamente visuais, apressadas em degustar conteúdos prontos que não exigem de nós esforço. Basta apensas não piscar.
Falamos tanto dos malefícios da tv que nos limita e dos benefícios da leitura que ajudam a expandir o imaginário de nossos filhos que nós, coitadas de nós, viciadas em vídeos, imagens e caixinhas de perguntas… A verdade é que só trocamos o objeto de vício e algumas de nós ainda demos um nome bonito para essa escravidão.
Mas fique calma!
Eu sei que você aprende muito por meio da internet, e eu também posso testemunhar que muito do que sei, parte de minha conversão e formação, e principalmente, meu amor pela Igreja Católica também se deu por ela. Reconheço que quando bem usada, é uma ferramenta poderosa na evangelização.
Então nesse tempo ausente das redes, o Senhor me pedia mais uma vez, só que agora mais claramente “Escreva. Ajude as pessoas para que tenham o gosto de ler, de buscar e viver sendo quem Eu sonhei que sejam, na realidade em que estão inseridas.”
Sei que não é tão simples quanto parece. Há desafios sim. Mas esse espaço me dará também a liberdade de viver e expressar minha fé livremente e ajudar cada uma de você que tem o desejo de viver plenamente sua vocação em sua igreja doméstica. Nesse espaço transmitirei a beleza e plenitude de nossa fé em família e tudo o que diz respeito a nossa querida Igreja.
Sei que por meio dessa obra, Deus alcançará famílias, irmãos e irmãs que esfriaram na fé e ainda, aqueles que estão perdidos em sua vocação.
Tenho claro que quem fará a obra será o Senhor, pois de mim, se tirar sua graça, nada me resta.
“Eis uma verdade absolutamente certa e merecedora de fé: Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o primeiro. Se encontrei misericórdia, foi para que em mim primeiro Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade e eu servisse de exemplo para todos os que, a seguir, nele crerem, para a vida eterna.” 1 Timóteo 1, 15-16